SEM SAL, TCHAU!

Alevilson da Silva Tavares¹
 
Aos troncos e barrancos
O amor, ajuntamento, união
Tem forma, desenho e cor
Mas faltou calor

Na hora de abraçar
Cochichar no ouvido
Não foi tão bom
Faltou tom

Como era cismada
Com tudo que via
Se afastou
Parou

O tempo andava lento
Na noite, tarde, manhã
A cara mudava
Quando ele chegava

Mas o complicado
Sempre foi visto
Por mim
Assim

Aquela multidão
Em duplas unidas
Não deu conta
Da conta

Precisou-se sentar
Lá no canto do muro
E ai?
Cai!

No meu quadro
Pintado, descolorado
Sem rua
Nem lua

Meu pai, minha mãe
Nada pode fazer
E ele?
Perdeu

Agora lembro que foi bom
Ter perdido a nota
Do toque
Da sorte

Não posso até hoje
Ter sua amizade
Por hora
Estou indo embora

Sem mala, nem ticket
Tenho que viajar
Sem medo
Vou cedo

O quadro vou quebrar
E aparede?
Lembrei
Doei.

Então valeu
Pela experiência
Não sou cientista

Sai de sua pista.
____________________________________________  
¹ Diácono (Assembleia de Deus), Pedagogo, Biólogo, Bacharel em Teologia, Especialista em Educação Ambiental e professor na rede pública e particular de ensino nas modalidades:   fundamental e médio. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário