Alevilson da Silva
Tavares¹
Eu
não posso rir e ao mesmo tempo chorar com eles, meus pequenos e grandes
instrumentos lúdicos e educativos.
Num
desses dias onde a noite estar sendo minha maior amiga e o dia meu maior
inimigo você tem estado comigo somente nos meus sonhos noturnos.
Há
coisas que eu preciso dizer, mas as vezes nos sonhos se torna impossível. Você
fala muito e não me deixa falar.
E
eu, eu fico atento querendo te ouvir sem interrupção. Mas de dia eu só vejo a
mamãe saindo me dando um beijo de longe dizendo que perdeu a hora, pois acordo
tarde, tem que se apressar, e nem aquele
abraço pode me dar.
Papai
volta, volta pra mim.
Sei
que você estar em casa, na casa que eu construí no meu coração. Ela é tão
grande que dar pra você ficar bem confortável.
Minha
mãe conta que você é tão carinhoso, com ela, deixa e dar de tudo que nós
precisamos.
Papai
eu não preciso só de comida e de brinquedos!
Quando
vou poder te beijar?
Minha
mãe ainda me contou que você todas as noites me beija mas quando acordo já não
estas do meu lado. Fico achando que foi em mais um de meus sonhos.
Papai
já aprendi a andar, falar, e a cantar. Ultimamente vi num filme um filho
abraçando um pai aquilo me fez doe no coração.
Papai
eu quero te abraçar, beijar, quero te prender no minha rotina. Me deixa ter a
certeza que já aprendi a abraçar. Quero subir no seu colo, ir para os seus
braços, andar no seu ombro.
Papai,
espero que quando você chegar lá pra tantas da noite leia esse cochicho sem
ouvido.
É
que não queria que minha mãe visse que já sei escrever. Assim ela iria querer
ler todas as outras cartinhas que guardo em segredo. Coisas de adolescente.
Volta,
volta para mim, para meu mundo, para meus braços.
Receba
mais um, Te amo papai!
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¹ Diácono (Assembleia de Deus), Pedagogo, Biólogo, Bacharel em Teologia, Especialista em Educação Ambiental e professor na rede pública e particular de ensino nas modalidades: fundamental e médio.
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